No último dia 13 de novembro, o SINDIMETAL-PR, em parceria com a Falavinha Next, realizou uma palestra voltada a empresários e gestores do setor metalmecânico, com foco na reforma tributária e no uso de inteligência artificial em processos de gestão, operação e tomada de decisão. Na primeira parte do evento, a especialista Neiva Alves apresentou os principais impactos da Lei Complementar nº 214/2025 (que define regras para transição gradual do sistema atual para o novo modelo entre 2026 e 2033). Na sequência, os consultores Fernando Abreu e Desmond Rogerdiscutiram tendências em tecnologia, automação e eficiência operacional.
Reforma tributária: créditos, novas bases e fiscalização mais rígida
Neiva explicou a transição do modelo atual para os tributos que substituirão ICMS, ISS e PIS/Cofins. Segundo ela, a mudança exigirá adaptação das empresas, especialmente por conta de alterações nas notas fiscais, que passarão a conter campos obrigatórios para IBS e CBS a partir de 2026.
Gestão empresarial com IA
Após a apresentação de Neiva, o consultor Fernando Abreu abordou a necessidade de organizar processos internos antes da adoção de tecnologias avançadas. Ele afirmou que muitas empresas do setor ainda enfrentam problemas de produtividade por falta de planejamento, comunicação falha e ausência de indicadores claros.
O consultor destacou que a inteligência artificial gera resultados sólidos quando encontra processos bem estruturados e uma cultura organizacional alinhada. “Quando a base é consistente, a IA potencializa ainda mais os resultados”, afirmou. Ele citou exemplos de indústrias que ampliaram eficiência e reduziram custos ao aprimorar seus fluxos internos — um passo que fortalece qualquer futura aplicação tecnológica.
Durante a palestra, Fernando recomendou que empresas busquem organizar rotinas, entender gargalos e mapear indicadores críticos antes de avançar para automações mais complexas
IA na prática
Na terceira etapa do evento, o consultor Desmond apresentou aplicações práticas de IA no ambiente industrial e argumentou que ferramentas simples podem trazer ganhos rápidos quando integradas ao cotidiano das equipes.
Ele defendeu o uso de sistemas que organizam informações, automatizam análises e apontam tendências de desempenho, desde que integrados ao planejamento da empresa. “IA não é bola de cristal, mas ajuda a enxergar padrões que passam despercebidos”, afirmou.
Desmond Roger exemplificou como tecnologias de análise de dados podem prever quedas de produtividade, otimizar compras e reduzir falhas em equipamentos. Ele ponderou, porém, que empresas não devem adotar soluções apenas por modismo. “Antes de implementar IA, é preciso revisar o processo decisório. Do contrário, a ferramenta só vai acelerar erros.”
Após as exposições, houve espaço para perguntas e sorteios de brindes aos presentes.






