
“IA não é só hype” , a frase foi dita por Caetano Nóbrega, mestre e especialista em marketing e economia, fundador da Tall, empresa de tecnologia, durante um bate-papo sobre os impactos reais da inteligência artificial nas estratégias corporativas. O evento aconteceu na tarde da última quarta-feira (10/09), na sede do SINDIMETAL-PR.
O evento, realizado em parceria entre a TOTVS e o SINDIMETAL-PR, reuniu aproximadamente 150 pessoas e teve como tema central o uso prático e estratégico da IA no ambiente corporativo. Além de Caetano, o evento também teve a participação de Sarah, integrante do time Fluig, que trouxe contribuições relevantes sobre a aplicação da tecnologia nas empresas.
Durante a apresentação, Caetano provocou os participantes a refletirem sobre a importância de alinhar a gestão empresarial à adoção da inteligência artificial, especialmente por meio da integração com agentes de IA. Segundo ele, esses agentes devem atuar de forma autônoma, compreendendo o contexto e otimizando a produtividade. “Aplicações desse tipo contribuem diretamente para a autonomia dos negócios e permitem que os profissionais se dediquem a atividades mais estratégicas”, afirmou o especialista.
Dando continuidade à sua análise, Caetano ressaltou a relevância de criar um ecossistema composto por agentes de IA especializados, capazes de colaborar entre si e com os times humanos, cada um com funções bem definidas dentro da operação corporativa. Essa estrutura favorece a escalabilidade, a agilidade e o aprimoramento contínuo das soluções de IA.
“O que parecia ficção está cada vez mais presente, com IA embarcada em soluções reais que destravam processos e salvam o nosso tempo”, destacou.
Também foi ressaltado os avanços acelerados no setor tecnológico e como empresas ao redor do mundo já operam com sistemas geridos integralmente por robôs — uma tendência que vem ganhando força em escala global. Diversos países, além de investirem fortemente em tecnologia, já estão incorporando esses temas aos currículos escolares, preparando as futuras gerações para essa nova realidade.
Apesar do entusiasmo com as possibilidades, ele destacou que a transformação digital não acontece sem desafios. Os impactos da adoção da inteligência artificial são concretos e profundos. Segundo Caetano, a sociedade está diante de um novo paradigma, que exige uma abordagem ética, estratégica e cuidadosa. Embora a IA possa substituir determinadas funções humanas, ela também representa um importante ganho em produtividade e redução de custos para as organizações.
Outro ponto importante abordado foi a necessidade de uma estrutura de governança sólida no uso da inteligência artificial. Para isso, Caetano apresentou as quatro camadas fundamentais de governança da IA, voltadas à garantia de transparência, ética e controle sobre decisões automatizadas:
- RAG (Retrieval-Augmented Generation) – Geração de conteúdo com base em fontes externas auditáveis
- RLHF (Reinforcement Learning with Human Feedback) – Aprendizado por reforço com feedback humano para alinhamento ético
- Prompts Constitucionais (Constitutional AI) – Diretrizes que limitam comportamentos indesejados da IA
- Frameworks de Governança e Legislação – Como os modelos do NIST (EUA) e AI TRiSM, que trazem padrões e regulamentações para uso responsável
O evento foi encerrado com sorteios de brindes especiais, premiando três dos participantes e deixando claro que a inteligência artificial, longe de ser apenas uma tendência passageira, já está moldando o presente das empresas — e será essencial para o futuro da gestão corporativa



Texto: Estagiária Maria Fernanda Caroba Ruy sob supervisão de Myriam Veiga.
Fotos: Estagiária Maria Fernanda Caroba Ruy.






